jogar tigre O que aconteceu quando Donald Trump impôs tarifas sobre o aço em 2018

data de lançamento:2025-02-28 14:08 tempo visitado:82

A imposição de tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumíniojogar tigre， confirmada por Donald Trump， retoma um dos maiores movimentos comerciais de seu primeiro mandato como presidente.

Em março de 2018， Trump introduziu tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio contra a maioria dos países， usando a segurança nacional como justificativa， antes de estendê-las à UE， Canadá e México em junho.

Trump afirmou na época que elas reduziriam o déficit comercial e impulsionariam a manufatura doméstica.

A imagem mostra um ambiente industrial onde uma longa peça de metal quente está sendo processada. O metal é de cor laranja brilhante， indicando alta temperatura， e está sendo transportado em uma linha de produção. Ao fundo， há uma estrutura metálica e equipamentos industriais， com iluminação que destaca o brilho do metal.

Parte de uma linha de produção em fábrica de aço na Holanda - Piroschka Van De Wouw - 26.mar.24/Reuters

As importações de metais dos EUA caíram imediatamente. No total， cerca de 6，4 bilhões de euros (R$ 38，1 bi) em exportações de aço e alumínio da UE foram afetadas. Bruxelas demorou três meses para responder， mas depois impôs tarifas sobre cerca de 2，8 bilhões (R$ 16，6 bi) de euros em importações dos EUA， compreendendo aproximadamente um terço de aço e alumínio， um terço de produtos agrícolas e um terço de outros bens.

O bloco destacou produtos icônicos dos EUA， muitas vezes produzidos em estados que votam nos republicanos， como o uísque bourbon， motocicletas Harley-Davidson e jeans. As exportações anuais de uísque americano para a UE caíram um terço desde então， uma perda de cerca de US$ 256 milhões， segundo o Conselho de Bebidas Destiladas dos EUA.

As tarifas sobre as importações da UE， no entanto， ficaram repletas de isenções depois que fabricantes dos EUA argumentaram com sucesso que precisavam de importações de certos tipos de metais e peças.

Empresas automobilísticas， incluindo General Motors e Ford， também foram forçadas a reduzir suas previsões de lucros ou não atingiram as expectativas dos analistas em 2018 devido à incerteza das tarifas e ao aumento dos custos das matérias-primas.

Embora muitos fabricantes de automóveis dos EUA comprassem a maior parte de seu aço localmente， eles ainda foram afetados， pois os produtores de aço domésticos aproveitaram a oportunidade para aumentar seus próprios preços. O aumento de produção， por outro lado， foi relativamente pequeno após a imposição das tarifas.

Trump posteriormente concedeu a vários parceiros comerciais， incluindo Canadá e México， isenções de tarifas.

Após Trump deixar o cargo， os EUA， UE， Japão e Reino Unido concordaram com uma trégua temporária quando o então presidente Joe Biden removeu parcialmente as tarifas， concordando com cotas acima das quais são aplicadas tarifas sobre metais. A UE congelou todas as suas medidas.

A trégua deve expirar do lado da UE no final de março， enquanto as cotas americanas que substituíram as tarifas expirarão no final do ano.

Tanto Biden quanto Trump buscaram restringir as importações chinesas. No ano passado， o governo democrata triplicou as tarifas sobre o aço e alumínio chineses que entram nos EUA.

Biden também apertou as regras que permitiam que algumas importações de aço mexicano entrassem nos EUA isentas， reaplicando tarifas de 25% a qualquer aço do país que não fosse derretido e vertido na América do Norte. Autoridades de Biden enquadraram a medida como uma tentativa de manter o aço chinês fora do mercado americano.

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As tarifas iminentes já deixaram investidores inquietos nas indústrias mais expostas.

As ações de algumas siderúrgicas europeias caíram na manhã desta segunda-feira (10) após o anúncio de Trump. A ArcelorMittal， que gera cerca de 13% de suas vendas nos EUA， está fortemente exposta. A empresa vende produtos de aço de alto valor agregado nos EUA， notadamente de suas operações canadenses， um fornecedor chave para o setor automotivo norte-americano. Ela também fornece produtos semiacabados de aço do México para suas instalações nos EUA.

O diretor financeiro da empresa insistiu na semana passada， no entanto， que qualquer impacto seria gerenciável com base no que aconteceu em 2018， quando preços mais altos compensaram custos mais altos.

A indústria da UE também está preocupada com um influxo de importações deslocadas dos EUA. Bruxelas introduziu um sistema de cotas， acima do qual as importações pagam 25%， que deve expirar em junho do próximo ano.

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"Nossa maior ameaça são as importações baratas da China"， disse um executivo da indústria siderúrgica europeia. "Se eles não puderem importar para os EUA， provavelmente importarão mais para a Europa."

A indústria automobilística provavelmente será novamente afetada —com a possibilidade de que isenções possam mais uma vez amortecer o impacto. Desta vez， a ameaça de tarifas surge enquanto os fabricantes já estão lidando com a transição para veículos elétricos e padrões de emissões mais rigorosos， tornando mais difícil para eles absorverem custos mais altos de matérias-primas.

A Volvo já alertou sobre menor lucratividade este ano， citando a incerteza em torno das tarifas de Trump. "Haverá tarifas... você verá alguma geopolítica e algumas mudanças na política， então isso vai criar uma turbulência geral"， disse Jim Rowan， CEO do grupo sueco， na semana passada.

Sylvia Pfeifer ， Kana Inagaki ， Andy Bounds ， Patricia Nilsson e Aime Williams dê um conteúdo

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